quinta-feira, 11 de abril de 2013

Dr. John, Trombone Shorty, Bruce Springsteen e mais


15°| 29/04/2012, domingo @ Jazz Fest e muito mais


Nossa ideia era chegar bem cedo no Jazz Fest para curtir o show do Trombone Shorty (Shorty porque começou a tocar com 4 anos e era menor que o trombone), que começava às 12:45.

Chegamos na parada de ônibus às 11:15. O ônibus foi passar mais de uma hora depois.

Adentramos o Festival às 13h. Num clima de brabeza com o transporte, pressa pelo tempo e ansiedade pelo show, chegamos no Acura (palco principal) e estava lá o cara. Não éramos grandes conhecedores dele ainda, mas foi incrível. Que festa que o cara nos proporcionou. Show fantástico. Banda muito boa, muito entrosada e ele é um baita vocalista e frontman, e em relação ao trombone é meio que inexplicável. 


Trombone Shorty & Orleans Avenue

Saímos do Acura e fomos comer alguma coisa. Comi um Po Boy de frango. Excelente, só pra variar. Tem uns temperos famosos da Louisiana que colocam nesses Po Boys que são uma barbaridade.

Crazy chicken Po Boy

Voltamos pro Acura que ia rolar o show do Dr. John e depois do Bruce Springsteen.

Show do Dr. John era um dos que eu mais queria ver, e foi realmente muito bom. Ele é uma figura lendária em New Orleans (ou N’Awlins, como ele mesmo diz). Entra no palco de bengala, senta no piano, não dá um sorriso, não tem muita expressão, e quando começa a cantar e tocar vem uma música cheia de sentimento. A banda é quase uma big band que toca muito. Tocou sons de todas épocas. Em algumas músicas se levantou e foi tocar guitarra. Não sei o porquê, pois tocava um solo de meia dúzia de nota todo atravessado, mas como ele é o “Nite Tripper”, tem todo direito de fazer isso.

Dr. John & Low 911. Ele tá eescondido atrás no pianão

The Nite Tripper tentado fazer uns solos de guitarra

Em seguida veio o patrão Bruce Springsteen. Não sou fã, mas tinha curiosidade. A energia desse cara é impressionante. É um som atrás do outro sem intervalo. Mas quando ele parava ficava uns bons minutos passando alguma mensagem, quase uma lição. Ele é muito carismático. Desceu do palco, andou na galera, chamou um cara para cantar com ele. Foi muito legal que o cara desafinou muito, ficou com vergonha e o Bruce levantou o cara no colo por um tempo. Depois chamou duas mulheres e ficou dançando com elas. 

Bruce and The E-Street Band

No meio da galera

Teve participação do Dr. John. No meu ponto de vista a única coisa chata foi o excesso de solos de saxofones (e o magrão sempre ia pra frente do palco solar) e “la la lás” e “ye ye yes”. 

Participação do Dr. John

O show durou umas 3 horas.

Uma coisa muito engraçada, pelo pra gente, foi uma guerra de tinta. Uns malucos começaram a tocar tinta guache uns nos outros como loucos. E sobrou pra muita gente de fora. Alguns ficaram de cara... a gente ficou dando risada.

Festa das tintas

Na volta demoramos outra eternidade. A fila para pegar o ônibus era enorme. Nossa sorte foi conhecer uns americanos mais velhos que nos deram cerveja e nos contaram muitas coisas sobre a cidade, apesar de também serem turistas.

Depois de passar no muquifo e tomar um banho fomos no Lebon Temps Roule novamente.

Chegamos lá e não tinha rango. Então catamos algo na redondeza e voltamos.

Chegando na porta perguntei pro porteiro: “Quem é o dono do bar?”. E ele disse: “Esse cara aí atrás”, e chamou esse cara. Então esse cara olha e pergunta: “O que houve?”. O porteiro disse: “Esse magrão quer saber quem é o dono do bar”, e deu risada. Como havia dito num post anterior, esse bar é do Pepper Keenan. E lá tava ele com bandana, roupa velha e me pergunta: “Hey dude, can I help you?”. Foi simplesmente a coisa mais do caralho que podia acontecer. Daí contei pra ele da história e ele achou demais aquilo, não acreditou que realmente um brasileiro do sul do Brasil ia no bar dele em N’Awlins e mandou o porteiro devolver nosso dinheiro e que era pra gente entrar e curtir.

Tava rolando show da Soul Rebels Brass Band. A banda são uns 8 negros, alguns muito grandes, tocando um monte de instrumento de sopro, mais uma caixa (ou tarol) e bumbo, tipo banda marcial. Detalhe, o bar é pequeno. Então um ficava sempre dando uma banda, já que nada era microfonado, outro ficava sentado no bar, e por aí ia. Num lugar pequeno e tanto sopro parecia que os tímpanos iam estourar a qualquer minuto. Muito legal. E a gurizada toda dançando muito. 

Soul Rebels no "palco"

Abrindo espaço no balcão do bar

Pra fechar a noite fomos jogar uma sinuca e na outra mesa estava Craig Robinson detonando com todo mundo.

Depois de um baita dia de show e uma noite dessas fomos pra casa capotar.

Boa noite. :^)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Segundo dia de Jazz Fest


14°| 28/04/2012, sábado @ Jazz Fest e banda por NOLA


Dormir um pouco mais foi muito necessário neste sábado.  Comemos algo, tomamos alguma coisa e fomos para parada de ônibus.

Chegamos no Jazz Fest e estava começando o show do JonCleary and The Absolute Moster Gentleman. Não conhecíamos nada do cara, mas na noite anterior conhecemos um cara chamado Terry no boliche que falou muito bem dele. E Terry estava certo. Uma blueseira muito pegada com ritmo excelente. O cara é um branquelo narigudo que toca muito teclado. É acompanhado de baixo, batera e guitarra. Esse guitarrista deve pesar uns 200kg. A guitarra parece um cavaquinho. A banda tem uma suingueira incrível, e parecem estar sempre em muita harmonia com o Jon. Sempre se olhando e rindo. Esse clima entre a banda é passado para o público. Era notável os rostos felizes no lugar. Excelente show e excelente descoberta.

Jon Cleary and The Absolute Monster Gentleman

Esse show foi no palco Acura, que é o principal. Saímos dali e fomos comer algo. Repeti o cardápio do dia anterior. Mas a Thais comeu, por indicação de um pessoal do Wanee, o Crawfish Monica. Uma massa parafuso com um molho sensacional e pedaços de crawfish. É um dos pratos mais famosos do festival. Depois de comer é fácil de entender o porquê.

Crawfish Monica

Uma coisa muito legal no Jazz Fest são as bandeiras. É uma mar de gente que vai no festival diariamente. Muitos vão de cadeira, acham seu lugar, e lá ficam. Uma do ladinho da outra. Como o lugar é gigante e são muitas pessoas, os grupos levam bandeiras para se identificar. Assim o cara pode ir buscar uma ceva, comprar comida, ir no banheiro, etc, e na volta fica fácil de achar os parceiros. No ano de 2013 levaremos a bandeira do Rio Grande do Sul. 

Um pouco das bandeiras

As bandeiras ao entardecer

Na sequencia já voltamos para ver o próximo show, do VoiceOf Wetlands All Star Band. A banda, como o próprio nome diz, é uma reunião de músicos fodões da Louisiana. Na ocasião eram: Tab Benoit (guitar e voz), Dr. John (piano e voz), Anders Osbourne (guitar e voz), Jumpin’ Johnny Samsone (harmônica e voz), Cyril Neville (percussão e voz), Big Chief Monk Bourdreaux (voz), Johnny Vidacovich (batera), Waylon Thiebodeaux (violino e voz) e o pai dele (era assim mesmo que se referiam ao cara) no washboard.
A pilha da banda (que também é uma fundação social) é fazer sons falando da Louisiana, das belezas da terra, da força do povo e essas coisas. O astral das músicas é muito bom, bem Louisiana. Em alguns momentos acaba ficando meio mela cueca (na minha opinião), mas é bem legal ver um show com tanto músico fera não disputando espaço ou querendo aparecer mais que o outro. O som tava bem confuso no começo e prejudicou parte do show, mas de um jeito geral foi bem legal.

Voice Of Wetlands

Esperamos por ali mesmo a troca de palco. E o lugar foi ficando bem cheio. Mas cheio mesmo.

Em pouco tempo começou o show do Tom Petty and TheHeartbreakers. Não sou um fã do cara, mas tá. O show foi bem legal. Ele sabe conduzir muito bem o público. Mesmo com sol na cara a banda inteira manteve a roupete que usava, estilo anos 60. Vários clássicos foram tocados, os mais conhecidos por aqui foram todos sem exceção. A música que eu mais curti foi “Travelling Stage” do JJ Cale. A versão foi bem parecida com a original. O som do show tava impecável, e a banda toca muito, e tem bastante espaço para aparecer.

Tom Petty and The Heartbreakers

Saímos do Jazz Fest, pegamos um ônibus e fomos conhecer a tão falada Bourbon Street, no French Quarter de New Orleans.

Muita gente nos comentou da Bourbon Street, da festa sem fim que era e tudo mais. Chegamos lá e foi um choque. Muita gurizada bebum andando e gritando na rua. Muito artista de rua (na maioria nada a ver com nada), muitos caras te oferecendo coisas dos bares que trabalhavam, muita música palha vindo de dentro dos bares, muitas putas feias tentando te acertar um colar de Mardi Grass, enfim... muita coisa rolando, e nada muito bacana. Essa foi uma péssima primeira impressão. Parecia que o sonho tinha acabado.

Início da Bourbon Street

Falei com um vendedor de cachorro quente e ele me deu a barbada. Comentou que a Bourbon Street já não é mais a mesma, que os turistas acabaram com ela. Disse para gente ir até o French Quarter da outra extremidade, mais perto do rio, na Frenchman Street, onde, em tese, haveria menos turistas.

Caminhamos uns 30 ou 40 minutos e chegamos lá. As ruas continuavam cheias de turistas, mas com um clima bem mais legal. Cheio de bares com música boa, mais diversidade, e sem receber ataque de ninguém.

A Thais queria muito comer “crawfish”. Para os leigos, como eu, é um camarão gigante, ou uma lagosta pequena. É muito tradicional na Louisiana. Depois de muita caminhada escolhemos o restaurante que servia alguma coisa além disso, pra eu poder comer também. O lugar era nos fundos de um bar, com uma cara fazendo numa estrutura de acampamento. Até agora não entendi o porquê da escolha. Tudo tava extremamente apimentado. Não sentimos o gosto de nada e a Thaís deixou bem mais da metade dos bichinhos na bandeja. Eu comi uma linguiça com milhos e batatas. Também não senti o gosto. Tudo é feito junto, e eu igualmente fiquei com os beiços dormentes. Péssima escolha.

Depois de tantas escolhas erradas na mesma noite decidimos pegar um taxi e ir embora.

Quando chegamos no hostel deu uma sensação de “isso não é a New Orleans que esperávamos”.

Em novembro de 2011 quando o Down tocou em Porto Alegre rolou um churrasco com eles no dia da folga deles e troquei uma ideia com os caras. Pepper Keenan, o guitarrista da banda, me falou que tinha um bar na cidade de New Orleans e que era “the real New Orleans”. Então pegamos o carro e fomos pra lá.

O nome do bar é Lebon Temps Roule (francês de “let the good times roll”). Do caralho. Simples. Mesas de sinuca, jukebox, rock and roll, banda autoral de música instrumental muito louca e pessoas legais com alto astral dançando. Deu o alívio de estar na cidade certa novamente. Quando a banda começou a ficar louca demais fomos embora. Pra ter ideia, o cara começou a tocar com uma guitarra que parecia a espada do Jaspion. Mas valeu muito.

Na volta passamos numa pizzaria. Enquanto a Thais pedia a pizza eu capotei de maneira brutal no carro.

Boa noite. :^)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

New Orleans, Louisiana


13°| 27/04/2012, sexta-feira @ Memphis => New Orleans / Jazz Fest


Acordamos cedo, e pelas 7h pegamos a Estrada em direção a New Orleans, Louisiana. Passada no posto pra abastecer o carro e comer um Subway de café da manhã. Um chimarrão para acordar desceu muito bem.

Para chegar em New Orleans a gente passa por uma das maiores estrada por cima da água do mundo. Chega ser meio bizarro, porém muito legal.

O grande esquema de sair cedo foi para chegar a tempo de ver o show do Chuck Leavell (pianista dos Stones, e antigo pianista do Allman Brothers) e o primeiro show da reunião de 50 anos dos Beach Boys.

Chegamos no início da tarde no hostel que ficaríamos em New Orleans. Parecia a casa da Família Adams. Lugar muito bisonho. Inclusive, depois descobrimos que o local era um antigo orfanato. E os hóspedes e staff eram os mais bizarros possíveis. O quarto era uma verdadeiro lixo, e o box do banheiro parecia uma capsula do tempo.

Trono tem até plataforma

Dentro da cápsula

Antigo orfanato e atual Guesthouse

Mas tudo bem, chegamos, demoramos um pouco até conseguirem fazer os trâmites, largamos nossas coisas e fomos (de bus) em direção ao NewOrleans Jazz Festival, ou Jazz Fest.

O festival começa às 11h e vai até às 19h. O lugar é gigante. É um hipódromo. São diversos palcos e muitas atrações. Aos poucos vou explicando melhor.

Chegamos na hora pra ver o Chuck Leavell, que tocava na Blues Tent. O cara é muito mestre. Detonou muito. De cara tocou “Statesboro Blues” na versão do Blind Willie McTell. Tocou alguns sons do Allman, alguns dos Stones, alguns clássicos e outras próprias. Ele tava acompanhado do trio de trombones do Bonerama. Deixou o clima bem legal. O show foi muito legal. O vocal com o tempo fica um pouco cansativo, mas o piano é demais.

Chuck Leavell

Banda completa

Antes do término do show já fomos em direção ao palco que os Beach Boys iriam tocar. Como disse, o lugar é muito grande, e estávamos perdidos. Sorte nossa que o palco era bem perto da onde estávamos.
Nessa caminhada fomos procurar lugar para almoçar (às 17h). 

O Jazz Fest, além de ser um festival de música, é um festival de gastronomia. Tem muito lugar para comer. Muita comida diferente para experimentar. Como estava na corrida nem procuramos tanto. Fui direto no “Guil's 'Gator”. Basicamente um sanduíche de jacaré a milanesa com jalapeños e cebolas fritas. Não tem muito mistério, mas o pão é diferente, e muito bom. E a carne de jacaré a milanesa é muito boa. Mesmo. Me lembrou um camarão com frango, de repente. Mas é um gosto de jacaré. Fiquei surpreso.

A tenda

O rango

Pelas 17:30 começou o show dos velhos. Estávamos num lugar bem bom. Podíamos assistir o show sem precisar a ajuda do telão. Quem apresentou a banda foi o John Stamos (aquele cara que fazia um roqueiro no Full House). Ele parece muito amigo dos caras, dizem que foi uma das pessoas que mais apoiou e lutou para essa reunião. Mas bah, o cara queria aparecer o tempo inteiro. Fez participações (na bateria, guitarra e bongô) em alguns sons. Fazia mais balaca que o Tommy Lee. Mas enfim...

O show tava bem massa. Aquele climão surf dos anos 60. Todo mundo dançando, sorrindo, cantando junto. Demais. Brian Wilson não abriu um sorriso e não olhou para ninguém da banda. Igual nas antigas. Mike Love tá com a voz igual.

Além dos 5 da banda original, havia uma banda de apoio. E que banda. Era uma big band de apoio. Devia ter uns 3 guitarristas, outro baixista, pianista, tecladista, baterista, percussionista e sei lá mais quem. Fiquei muito com a impressão que a única coisa que saia dos Beach Boys mesmo eram as vozes, o resto era da banda de apoio. Mas isso não deixou o show menos legal. Eles realmente estão velhos, bem vôzinhos. E só por estarem ali valeu muito. Momento histórico.

Beach Boys

Mike Love tirou uma morena da platéia para dançar

Brian Wilson sempre sorridente

Fim de show e era de voltar correndo pro hostel para fazer uma noite em New Orleans.

Fomos para o Rock and Bowl. Um bar/casa de shows que tem pista de boliche de um lado e palco/bar do outro, mas tudo junto, luz acesa, salão grande para poder dançar e garçonetes gostosas. Um lugar muito bom para se curtir. Lá estava tocando o Royal Southern Brotherhood. Banda "nova" que estava para lançar o seu primeiro disco, mas só com macacos veios. Devon Allman (guitarra/vocal), filho do Gregg, Yonrico Scott, ex-batera da Derek Trucks Band, Cyril Neville (percussão/vocal), do Neville Brothers e que tocou durante um tempo com o The Meters, mais o Mike Zito (guitarra/vocal) e Charlie Wooton (baixo), estes eu não conhecia.

Chegamos na metade do show deles. Mesmo assim valeu. Os caras, como músicos, tocam demais, e as músicas da banda são muito boas. A banda é extremamente coesa. Tocando junto, fazendo jams, etc. O clima era de festa. Vimos mais alguns shows deles, por inteiro, que fica mais fácil de comentar posteriormente.

RSB em ação

Acabado o show, como bom groupie, fui tirar fotos com os caras. Todos humildes, recolheram as próprias coisas (exceto o Devon)e ficaram no meio da galera por um tempo. Depois de ter tirado foto com o Devon e com o Yonrico, ter comprado o disco e a camiseta, fui tirar uma foto com o baixista, o Charlie Wooton. Trocamos uma ideia rápida. Expliquei da onde nós éramos era e porque estávamos lá. O cara pirou. Ele é apaixonado pelo Brasil e é muito parceria. Trocamos e-mails e telefones. Ficamos de manter contato para ele nos dar umas dicas sobre a verdadeira New Orleans, não as coisas de turista.

Com Charlie Wooton

Com Devon Allman

Continuamos na festa. O cansaço estava batendo de forma bruta. Sentamos e comemos um hamburger. 

Rolou o show do Eric Lindell. Blues com pegada da Louisiana. Bem bom, mas um tanto repetitivo. A gente não estava conseguindo mais processar mais muitas informações.

Depois ainda rolou show do Tab Benoit (Tab Benoá). O cara canta bem e faz um som legal, mas foi impossível passar da quarta música devido ao cansaço. Pagamos a conta e voltamos para o nosso lindo hostel.

:^)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Na casa do Rei


12°| 26/04/2012, quinta-feira @ Graceland


Acordamos cedito e fomos direto para Graceland, mansão oficial do Rei Elvis Presley enquanto era vivo (ou até hoje), e agora um baita de um museu em sua homenagem. Hoje é a Priscila Presley que toma conta da parada.

Chegando lá

Tomamos um café da manhã gordurento lá do lado mesmo.

Café da manhã típico dos americanos

O lugar é gigante. Além da visita a mansão, tem o estacionamento dos jatos, o museu de carros e, como não podia ser diferente, várias lochinhas de produtos do homem. São diversas modalidades de ingressos. Pegamos um bem completo.

O ticket

Entramos nos seus jatos particulares cheios de particularidades. Museu de carros, que vai desde uma lambreta e um carrinho de golfe até o mais foda dos Cadillacs. Não sou o maior conhecedor de carros e não lembro os nomes, mas os carros realmente eram do caralho.

Detector de fãs de Elvis na entrada pros jatos
Um dos jatos
 
Dois dos tantos carros

Um dos Cadillacs

Os que serviam para andar somente na mansão

Pausa rápida para comer alguma coisa. Almoçar não rolava pelo preço.

Mesa do almoço

Depois ficamos um tempo de bobeira entre o almoço e o horário da visita a Graceland em si. Tempo suficiente para Thaís enlouquecer completamente com tudo que existia do Elvis. Mas as compras ficaram para volta.

Pegamos um microbus e atravessamos a rua em direção a mansão. Realmente é só atravessar a rua, mas para chegar na mansão rola uma subida, e imagino q a média de idade (para variar) era de uns 65 anos, isso pq nós demos uma baita diminuída na média. Enfim...

A mansão

O passeio lá dentro é livre. Antes de entrar na casa cada um ganha um áudio guia e segue como quiser.

Mais uma vez que não tem como falar muito. A casa é um museu. Tu entra na sala, vai para cozinha, depois para o porão, etc. O legal é que não pode subir. Reza a lenda que o Rei mora lá. Muito interessante conhecer toda excentricidade do cara em todos cômodos, principalmente na sala principal, a Jungle room, que remete a uma floresta.

Sala de TV

Sinuca

Jungle room

Numa outra parte tem o museu em si. Roupas dos filmes, discos, vídeos, explicações sobre cada coisinha. Tem até a roupa das pessoas que falam de Elvis como influência, desde Bob Dylan a Sammy Hagar. Numa passada de uma área de roupas de filmes para área de roupas de shows tem uma sala, onde foi a sala onde Elvis passou a sua última manhã. Cantando com os amigos e tal. Aquilo foi de arrepiar. Uma energia muito forte.

A sala da última cantoria

Roupa de shows e "alguns" discos de ouro

Depois mais uma caminhadinha pelo pátio. No final da visita estão os túmulos da família.

Pátio


Pequeno cemitério

As lápides

O passeio é demais e obrigatório para quem está na região, e para quem ama o Rei vale juntar uma grana e ir até lá (a Thais que o diga).

Depois de 4 horas caminhando em Graceland voltamos pro hostel para uma esticada obrigatória nas canelas. Passamos na Domino’s e levamos a pizza pro quarto. Nunca tinha comido aqui essa pizza. E realmente não tinha nada de mais no sabor dela.

Logo que chegamos no quarto tava rolando Beavis and Butt-Head na TV. Perfeito pra dormir bem.

Logo que caiu a noite fomos para Beale St. Decidimos gastar um pouco mais e comer um rango foda. Então fomos pro BB King Blues Club. Segundo os garçons, os pratos são todos com o selo BB King de qualidade. E quem vai discutir com ele? Então não tinha erro.

O bar do véio

A atmosfera do lugar é demais. Os frequentadores eram mais granfinos do que estávamos acostumados, mas nada que incomodasse. O astral deles era tão bom quanto o lugar.

Pedi um Iron Steak. Um bifão, parecido com o NY Steak de Jacksonville, muito bem temperado. Valeu a grana gasta (que nem foi taaanto a mais assim). E bom que veio um palito de dente com uma bandeirinha do bar no bife. Lá nos EUA é difícil conseguir palitos nos restaurantes. Tenho aquele guardado na carteira até hoje.

É impossível saber o nome de "vagem" em inglês

Outra coisa legal do bar era o nome dos drinks. Todos eram baseados nos nomes de blueseiros. Mas eram todos caros e não tomamos nenhum.

E o principal em um bar de blues é a música. Nesta noite era a banda da casa que estava tocando. Que banda. Músicos sensacionais, como não poderia ser diferente. Duas guitarras, teclado, metais, baixo, vocal que só cantava, batera cheio da maldade e essas coisas que uma banda de blues precisa, e ainda rolaram algumas participações de músicos locais bem legais.

A banda da casa e um cara muito afudê dançando

Não ficamos mais tempo porque a cerveja também era mais cara que nos outros lugares e no outro dia tínhamos que acordar cedo para pegar a estrada.

Ficamos caminhando pela Beale St mais um pouco, entramos numas lojas de vudu (muito comum por lá), tomamos mais umas, entramos rapidinhos em alguns bares e fomos embora. O movimento era bem menor que do dia anterior.

Estávamos voltando pela Beale e eu estava com um copo de Big Ass Beer, e sem me dar conta a gente saiu da rua. Um guarda me chamou e eu me liguei. Na hora gelei muito e pensei: “puta merda, vou ser preso por dois goles de cerveja”. Daí ele falou: “Cara, tu não pode beber fora da Beale St.”. Eu retruquei: “Então eu toco fora”. E ele: “Não. Pode beber, mas bebe rápido e te cuida da próxima vez”. Virei o que tinha no copo em um gole, abri o sorriso e dei o “muito obrigado” mais sincero da minha vida.

Chegamos no hostel sem problemas com mendigo algum e boa noite.

:^)